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Natureza x Decibéis: Cresce pressão popular pelo banimento de caixas de som nas praias

por Bernardo Fellipe Seixas

Caixas de som portáteis transformam paraísos à beira-mar de Florianópolis em áreas de “guerra sonora”

Em meio ao paradisíaco cenário das praias de Florianópolis, surge uma controvérsia tão estridente quanto os agudos provenientes das famigeradas caixas de som portáteis. Moradores locais e turistas se encontram em um embate acalorado sobre a presença desses dispositivos eletrônicos nas areias brancas da ilha. A questão, no entanto, transcende a mera preferência musical, revelando uma preocupante falta de bom senso e respeito ao próximo.

Enquanto alguns defendem o direito à diversão e ao compartilhamento de músicas à beira-mar, outros enxergam a prática como uma total invasão de privacidade. A discordância se torna evidente quando os decibéis ultrapassam limites toleráveis, sendo impossível de se conversar até com quem está ao lado, e transformando a pacífica atmosfera praiana em uma batalha sonora.

Imagem gerada a partir de ferramentas de inteligência artificial.

É inconcebível que, em um local onde a tranquilidade e o contato com a natureza deveriam prevalecer, alguns insistam em impor suas preferências musicais aos demais. A praia não é um palco particular, e o respeito à coletividade deve prevalecer sobre a satisfação individual.

Diante desse cenário, cresce a pressão para que autoridades locais tomem medidas rigorosas, banindo de vez o uso de caixas de som nas praias de Florianópolis. Afinal, a liberdade de desfrutar da natureza e do mar não pode ser comprometida pela falta de sensibilidade de alguns. Se a civilidade não é suficiente para conter a invasão sonora, se faz urgente que leis restritivas sejam implementadas.

A discussão sobre caixas de som na praia não se trata apenas de preferências musicais, mas de uma questão fundamental de respeito e convivência em espaços públicos. Conhecida mundialmente por sua beleza natural, Florianópolis merece ser apreciada com todos os sentidos. O banimento desses dispositivos é mais do que uma necessidade; é um apelo ao bom senso e à harmonia que todos os frequentadores das praias merecem.

Este texto apresenta a opinião do autor.

Arte: Adao Iturrusgarai

 

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