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Topázio despreza Saúde e Educação para agradar bolsonaristas

Imagem: foto divulgação com edição

por Bernardo Fellipe Seixas

O prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), recentemente declarou sua oposição à exigência da vacina contra a Covid-19 para a matrícula de crianças nas escolas da cidade. Essa posição é profundamente preocupante, pois negligencia a saúde e a segurança das crianças, dos educadores e de toda a comunidade escolar.

Ao afirmar que “não irá impedir nenhuma criança de estudar”, Topázio parece esquecer que a educação não pode ser separada da saúde pública, especialmente após poucos meses do fim de uma pandemia global. Sua decisão irresponsável não apenas facilita a disseminação do vírus e o surgimento de novas mutações, como coloca em risco a vida das pessoas, principalmente bebês e crianças.

Essa postura do prefeito está diretamente alinhada com a agenda bolsonarista, priorizando interesses políticos em detrimento da saúde pública. Sua declaração foi dada após visita ao gabinete de uma deputada federal do PL, que recebeu apoio do governador Jorginho Mello.

 

 

É inaceitável que em pleno século XXI, em uma democracia, um gestor público pregue contra a saúde da população para agradar uma base política. A vacinação não é uma questão de preferência ou escolha pessoal; é uma necessidade para viver em comunidade com segurança, com respaldo de comprovações científicas e do calendário de imunizações do Ministério da Saúde.

Uma pesquisa realizada em Londrina, no Paraná, mostrou que 75% das mortes por Covid-19 registradas nos primeiros dez meses de 2021 ocorreram em indivíduos que não foram imunizados contra a doença. O levantamento levou em conta 59.853 casos confirmados de Covid-19 e 1.687 mortes pela doença. Já um estudo do Instituto Butantan de São Paulo, divulgado em 2022, aponta que 96% das mortes por Covid em todo o Brasil, no ano anterior, foram de quem não tomou vacina.

A atitude de Topázio não só viola os princípios constitucionais, como também representa um sério crime contra a saúde pública. É encorajador ver o Ministério Público de Santa Catarina e o Psol se posicionarem contra essa medida descabida, defendendo os direitos e a segurança de todos.

Recentemente, Santa Catarina foi manchete por escândalos de corrupção e prisão de 18 prefeitos, e agora volta ao cenário nacional com pelo menos 19 cidades onde seus gestores vão contra o plano nacional de imunização do Ministério da Saúde. Não é coincidência.

Como cidadãos conscientes, é nosso dever exigir responsabilidade e transparência de nossos líderes eleitos. Devemos nos unir em defesa da saúde e do bem-estar em nossa comunidade, rejeitando qualquer medida que comprometa a segurança das crianças e de toda a população.

  • Este texto representa a opinião do autor, Bernardo Fellipe Seixas.

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